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Dia Mundial da Vida Selvagem

Por Benjamin Bender


Floresta e meios de subsistência: sustentar as pessoas e preservar o planeta


Foto: Ñandu (Rhea americana). Romi Galeota Lencina.


O Dia Mundial da Vida Selvagem será comemorado em 2021 com o tema "Florestas e meios de subsistência: sustentando as pessoas e o planeta", como forma de destacar o papel central das florestas, espécies florestais e seus serviços ecossistêmicos, que sustentam a subsistência de milhões de pessoas ao redor do mundo. E particularmente de comunidades indígenas e locais com laços históricos com áreas florestais e adjacentes a florestas.

Fotos: Mara (Dolichotis patagona). Geronimo Alonso; Dragoncito de Tres Colores (Phymaturus verdugo). Guillermo Debandi.


Entre 200 e 350 milhões de pessoas vivem em ou perto de áreas florestais em todo o mundo. A Argentina é classificada como um dos países “megadiversos”, com 15 mesorregiões continentais, 3 oceânicas e a região Antártica, que incluem 9.000 espécies de plantas vasculares e 2.380 espécies de vertebrados. Com 400 unidades de conservação (7,7% da área total), é um país pioneiro na região e no mundo em iniciativas de proteção à biodiversidade por meio do sistema de Parques Nacionais.


Fotos: Algarrobo Dulce (Prosopis flexuosa). Pablo Isola; Condor andino (Vultur gryphus). Mauricio Schmitbalter.


A Estratégia Nacional de Biodiversidade Argentina consiste na formulação e implementação de políticas, iniciativas, normas e procedimentos que, de forma coordenada, promovam uma maior consciência dos benefícios e serviços ambientais, a conservação e proteção da biodiversidade e seu uso em unidade para o desenvolvimento sustentável. Atingir o mínimo de 13% de área protegida, a cobertura de proteção de 4% das áreas marinhas e costeiras argentinas e o aumento de 20% da atual superfície de proteção das áreas úmidas são alguns dos desafios que devem ser enfrentados.


Em relação às florestas e meios de subsistência, em 2007 o Congresso Nacional aprovou a Lei 26.331 sobre Orçamentos Mínimos para a Proteção Ambiental de Florestas Nativas. A Lei Florestal estabelece que as províncias devem fazer o ordenamento territorial de suas matas nativas por meio de um processo participativo, que categoriza os usos possíveis das terras florestais: da conservação à possibilidade de transformação para a agricultura, passando pelo uso da floresta sustentável.


Foto: Guanaco (Lama guanicoe). Benjamin Bender.


Hoje sabemos que a diversidade biológica oferece serviços de importância econômica e social, como polinização em lavouras, proteção de bacias hidrográficas ou fertilidade do solo, sendo necessários ao bem-estar e equilíbrio da biosfera e, portanto, da qualidade ambiental para o desenvolvimento do ser humano.

Também sabemos que o determinante mais relevante da perda de biodiversidade em sistemas terrestres é a mudança no uso da terra, principalmente a conversão de habitats nativos em sistemas agrícolas e pecuários, bem como a sobrepesca em grande parte dos oceanos e habitats de água doce, a fragmentação de rios e riachos e extração de água.

O avanço da conversão de ambientes naturais para atividades humanas acarreta graves consequências sociais, ambientais e econômicas. É importante que aumentemos os esforços de conservação, promovamos a produção e o comércio de alimentos mais eficientes e ecologicamente sustentáveis, reduzamos o desperdício e incentivemos o consumo ou dietas mais saudáveis ​​e ecologicamente corretas.


Além disso, é fundamental que as empresas, a sociedade e o governo façam cumprir as leis vigentes ou promovam novas para a proteção do nosso território.

Muitas leis foram um grande passo para proteger os ecossistemas florestais, porém sua correta implementação ainda é um assunto pendente. Você também pode contribuir para o conhecimento e proteção da biodiversidade participando da Grande BioBlitz do Hemisfério Sul.






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